A novidade velha que reforça como andamos em círculo

Sai Enderson Moreira e entra Luiz Felipe Scolari. Sai um treinador promissor e entra um estagnado. Sai o novo e entra o velho no Grêmio. Mais do mesmo.
Enderson tinha, até a última rodada da Série A, a melhor defesa do Brasileirão. Tinha nas mãos um Grêmio competitivo, que apesar de algumas oscilações, fatalmente iria brigar por G-4. Na Libertadores, o treinador comandou a equipe com melhor campanha na primeira fase. Foi eliminado no mata-mata para um virtual finalista, o San Lorenzo. Antes, passara mais de dois anos fazendo um excelente trabalho no Goiás.
Pois bem. Enderson Moreira não teve força para aguentar a pressão. Acabou deixando o Grêmio após derrota em casa para o Coritiba. Acabava ali um trabalho promissor de um cara que representa bem o novo mercado de treinadores. Em seu lugar entra um técnico com retrospecto recente nada animador. Uma grife que parou no tempo.
Felipão é a aposta afetiva do Grêmio para tentar brigar na Série A. Uma escolha sem critério técnico, apenas emocional. Vale o amor, não o trabalho. Pode dar resultado? Claro. Mas é um recado bem ruim para o mercado de treinadores, que segue andando em círculos, sem evoluir. Dirigentes querem escudos. E torcedores querem um nome para gritar. Não importa a que preço.

Por Bruno Formiga.

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