Mais um dos descasos sobre a "nossa" Copa

A violência urbana, os manifestantes, traficantes, o abuso dos preços dos hotéis, voos, restaurantes. Tudo está conspirando para que a Copa no Brasil seja ‘chicana’. Com pouquíssimos europeus e americanos vindo para cá. Em vez deles, argentinos, mexicanos, chilenos, colombianos…

Publicado em 27/01/2014

 A violência urbana, os manifestantes, traficantes, o abuso dos preços dos hotéis, voos, restaurantes. Tudo está conspirando para que a Copa no Brasil seja chicana. Com pouquíssimos europeus e americanos vindo para cá. Em vez deles, argentinos, mexicanos, chilenos, colombianos...

"A Copa do Mundo é da FIFA e acontecerá no Brasil em 2014, mas não foi uma vitória do desenvolvimento brasileiro, e sim uma derrota para os direitos da população. O levante de junho de 2013 mostrou claramente que brasileiros já perceberam: os gastos bilionários na construção de estádios não melhoram a vida da população, apenas retiram investimentos dos direitos sociais. Isso sem falar no risco de desvios por corrupção.

Mas junho de 2013 foi só o começo! As pessoas, os movimentos e os coletivos indignados que querem transformar a realidade afirmam através das diversas lutas que sem a consolidação dos direitos sociais, (saúde, educação, moradia, transporte e tantos outros), não há possibilidade do povo brasileiro admitir megaeventos como a Copa do Mundo ou as Olimpíadas. Isso significa que as palavras de ordem no combate a esses governos que só servem às empresas e ao lucro devem ser: “Se não tiver direitos, não vai ter Copa!”. Não dizem que vivemos em uma democracia? Quem perguntou ao povo brasileiro se queríamos Copa no Brasil? O poder popular vai agir!
Não se trata simplesmente de afirmar que nosso povo sofrido, que muitas vezes não tem nem mesmo o básico para uma vida digna, pode se posicionar contra os interesses que fazem do Brasil a terra do pão e circo - aliás, mais circo do que pão. Muito mais do que isso, trata-se de explicar o papel do levante popular, mostrar que a única opção do povo brasileiro que vive neste Estado autoritário e opressor é a negociação coletiva através da revolta. Nossa proposta é barrar a Copa! Mostrar nacionalmente e internacionalmente que o poder popular não quer a Copa! Nosso manifesto é em defesa das pessoas, contra os interesses do lucro e daqueles que querem transformar sistematicamente tudo em mercadoria, daqueles que negociam nossos direitos cotidianamente nos balcões ditos “políticos” e “democráticos”.
Os dirigentes políticos disseram que era impossível atender a pauta das manifestações pela revogação do aumento, entretanto o poder popular nas ruas nos mostrou que realidades impossíveis podem ser transformadas, reivindicadas e conquistadas pelo povo. E mesmo assim dirão: “mas isso é impossível!” Então nós diremos: “o impossível acontece!”.
“Poder para o povo
poder para o povo
e o poder do povo
vai fazer um mundo novo”
Fórum Popular de Saúde do Estado de São Paulo
Movimento Passe Livre
Coletivo Autônomo dos Trabalhadores Sociais
Periferia Ativa "Comunidade em Luta"
Comitê Contra o Genocídio da População Preta, Pobre e Periférica."
Esta foi a explicação distribuída em panfletos.
E pela Internet.
Esse foi o motivo da população de São Paulo ter vivido um inferno.
Justo no sábado, dia do seu aniversário de 460 anos.
Grupos contrários à Copa do Mundo aproveitaram os holofotes.
As luzes que estavam preparadas para mostrar a comemoração da cidade.
Mostraram violência, vandalismo, covardia, abuso de autoridade.
E muito bem articulados os manifestantes se prepararam para o protesto.
Usaram o caminho conhecido, a Internet.
Pelas redes sociais convocaram aqueles que não aceitam os gastos com o Mundial.
O movimento foi como um rastilho de pólvora.
O que deveria acontecer apenas em São Paulo contagiou 31 cidades.
Mas foi por aqui o maior foco de revolta.
Apenas no Facebook, mais de 23 mil pessoas confirmaram adesão.
E milhares foram realmente às ruas.
A Polícia Militar e a prefeitura e o governo estadual tentam minimizar.
Dizem que foram pouco mais de 1.500 manifestantes.
Foram muito mais.
Números realistas ficam perto de 3.000.
Eles tomaram a avenida Paulista e foram para o centro da cidade.
Muitos mascarados.
Prometiam em coro.
"Não vai ter Copa. Não vai ter Copa. Não vai ter Copa..."
1ae9 A violência urbana, os manifestantes, traficantes, o abuso dos preços dos hotéis, voos, restaurantes. Tudo está conspirando para que a Copa no Brasil seja chicana. Com pouquíssimos europeus e americanos vindo para cá. Em vez deles, argentinos, mexicanos, chilenos, colombianos...
O protesto foi combinado e começou pontualmente às 15 horas.
Bem no meio das festividades de aniversário da cidade.
Os manifestantes encontraram milhares de pessoas desavisadas na rua.
Assustadas, elas tentavam correr, já temendo confronto, violência.
Soldados já haviam sido avisados e acompanham o protesto.
Enquanto os gritos de ordem predominavam, a PM não agiu.
Até que, como se esperava, tudo descambou.
Logo mascarados começaram a depredar agências bancárias.
Quebrar carros, orelhões, placas, vitrines de lojas.
Vandalizar lanchonetes de fast-food...
Tudo o que estivesse pela frente.
Uma selvageria assustadora.
O plano era invadir o Teatro Municipal.
Tornar o ato simbólico.
Só que a PM não permitiu.
Houve o confronto.
Bombas de efeito moral da polícia contra rojões dos manifestantes.
E agora uma novidade.
Na tática de guerrilha, queimavam objetos e os deixavam na rua.
Para tumultuar o trânsito.
Um colchão em chamas acabou por queimar totalmente um velho fusca.
A família que estava dentro teve de ser retirada para não morrer.
Ela vinha de um culto religioso.
Eram cinco pessoas, com direito a uma criança no veículo.
Shows tiveram de ser cancelados.
Houve muita depredação no centro da cidade.
Vandalismo inaceitável praticado por criminosos.
2ae7 A violência urbana, os manifestantes, traficantes, o abuso dos preços dos hotéis, voos, restaurantes. Tudo está conspirando para que a Copa no Brasil seja chicana. Com pouquíssimos europeus e americanos vindo para cá. Em vez deles, argentinos, mexicanos, chilenos, colombianos...
A PM reagiu de maneira forte, agressiva.
Além das balas de borrachas, cassetetes, chutes e socos...
Policiais perseguiram manifestantes.
O encurralaram em um hotel no centro.
E os detiveram com muita violência.
A cena mais chocante aconteceu com Fabricio Proteus.
As imagens mostram dois policiais o perseguindo.
Ele tentava fugir.
Quando foi alcançado e tomou dois tiros.
Um no peito e outro na virilha.
A PM diz que ele tinha um estilete na mão.
E que apenas se defenderam.
Em Natal, manifestantes tentaram depredar a recém-inaugurada Arena Dunas.
Mas seguranças começaram a atirar para o alto.
Tiros de verdade, não de borracha.
Em São Paulo foram 128 detidos.
Em Natal, 27.
Esses foram os confrontos mais sérios no país.
Houve 32 manifestos espalhados pelo Brasil.
A reação da imprensa internacional foi de muita apreensão.
A cada dia os alertas se sucedem.
Já não existe mais a imagem do Brasil de país tranquilo, festeiro.
De mulheres com roupas sumárias pela rua.
Imagem estereotipada que até o ministério do Turismo fez questão de divulgar.
Foram décadas tentando convencer o mundo.
Aqui seria o país dos alienados e da orgia.
Não é mais...
1r7 A violência urbana, os manifestantes, traficantes, o abuso dos preços dos hotéis, voos, restaurantes. Tudo está conspirando para que a Copa no Brasil seja chicana. Com pouquíssimos europeus e americanos vindo para cá. Em vez deles, argentinos, mexicanos, chilenos, colombianos...
Só que os gastos com o Mundial despertaram indignação.
Políticos tentam disfarçar as desigualdades e carências.
E resolvem fazer a Copa mais cara de todos os tempos.
Enganaram a população falando em legado, melhorias.
Até o pacato Parreira se rebelou.
Protestou contra o atraso nos aeroportos.
"A gente queria tudo para a Copa, mas para a Copa foi um descaso total. Vejo que os aeroportos vão ser licitados a partir de março, três meses antes. É uma brincadeira, fomos indicados há sete anos e só agora vão licitar os aeroportos? Perdemos a oportunidade de dar conforto e mostrar um Brasil diferente."
Há sete anos, o Brasil ganhou o direito de fazer a Copa de 14.
Políticos prometeram obras de mobilidade, modernidade nos aeroportos.
Melhoria na comunicação.
Pouquíssima coisa foi feita.
Atrasos criminosos nos estádios, que os encareceram de propósito.
Nada menos do que seis estádios da Copa ficaram para ser inaugurados em 2014.
A metade...
Já são cinco operários mortos na construção das arenas no Mundial.
Por causa do atraso, várias delas colocaram três turnos de trabalho.
De manhã, tarde e noite, invadindo a madrugada.
Operários são obrigados a cumprir horas-extras.
Quanto mais informação, mais revolta de grande parte da população.
A Fifa divulga que houve três milhões de pedidos de ingressos.
E calcula que 70% serão de brasileiros.
E que 30% dos estrangeiros.
Mas não detalha.
A cada dia fica claro que o público-alvo não será atingido: os europeus e americanos.
Os mais endinheirados estão com medo.
1futurapress1 A violência urbana, os manifestantes, traficantes, o abuso dos preços dos hotéis, voos, restaurantes. Tudo está conspirando para que a Copa no Brasil seja chicana. Com pouquíssimos europeus e americanos vindo para cá. Em vez deles, argentinos, mexicanos, chilenos, colombianos...
Há a enorme possibilidade de que seja uma Copa chicana.
Com muitos argentinos, mexicanos, chilenos, uruguaios.
Na Copa das Confederações a expectativa era entre 15% e 10% de estrangeiros.
Vieram pouco mais de 2%.
Não bastasse a violência, há os preços abusivos de aproveitadores.
Agem como se o turista fosse retardado.
Hotéis, voos, restaurantes.
No Rio, há um pacote de R$ 28 mil em um hotel quatro estrelas.
Traslado ao Maracanã, um coquetel.
E sem direito a entradas para o jogo.
Até moradores da favela da Rocinha tentam se aproveitar.
E oferecem suas casas por aluguel de R$ 33 mil por um mês.
Matérias como a do Canal Four da Inglaterra se espalham diariamente.
Mostram o crescente poder dos traficantes no Brasil.
Tudo é um convite para europeus e americanos ficarem em casa.
Muitas reservas estão sendo canceladas.
Enquanto isso, Dilma, em campanha para sua reeleição, finge.
Faz de conta que nada acontece.
E fica trocando mensagens pelo Twitter com Kaká, Ronaldo e Neymar.
Escrevendo sobre gols, conquista de título.
Uma insanidade.
Para quem não teve coragem de ir para a final da Copa das Confederações.
Com medo de ser vaiada pela torcida no Maracanã.
Enquanto isso, o movimento contra a Copa cresce.
Com direito a cada vez mais selvageria.
Graças à letargia da PM incompetente para prevenir.
Fazer de verdade o trabalho de investigação.
Se infiltrar no movimento para travar os vândalos.
Cada vez fica mais claro que há um tom político até na repressão.
Primeiro os soldados deixam acontecer a depredação.
E só assim agem.
E prejudicam demais a imagem dos prefeitos, governadores.
Há um prejuízo importante neste ano de eleição.
Não há mais espaço para ingenuidade.
Nada está acontecendo por acaso.
Os manifestantes estão cada vez mais organizados.
A desorientada polícia cada vez mais violenta.
Se nada mudar pode acontecer uma grande desgraça na Copa.
A sensação que predomina é essa.
Todos estamos brincando com fogo.
Esperando apenas o pior em junho.
O que assistimos na Copa das Confederações...
E no sábado não passaram de meros ensaios...
Mesmo ganhando muito dinheiro da cervejaria, Ronaldo não repete mais.
Não tem coragem de dizer em voz alta o chavão.
O que seria a sua marca registrada.
O membro do Comitê Organizador Local pediu para parar de falar.
Por já ter ganho outra conotação.
Acabou o "imagina na Copa".

Dá até medo imaginar...
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As Dificuldades de Um Time Campeão - Por Paulo André

Hoje postaremos um breve e excelente texto feito pelo zagueiro Paulo André em seu blog.

O texto é da época quando o Corinthians foi campeão de tudo e aborda alguns fatos interessantes de uma equipe campeã.
Um fato que chama atenção é o sentimento que Paulo André descreve após a conquista de um título.
Só lendo para descobrir. Vale a pena!

As dificuldades de um time campeão (na minha cabeça)

Nós somos a equipe que mais possui conquistas nos últimos anos e, para ser sincero, sentimos a pressão aumentar dia após dia. Os jogos ficam cada vez mais duros, os adversários mais concentrados, os torcedores se tornam mais exigentes e o nosso inconsciente nos empurra à uma acomodação que me parece ser a busca natural pela zona de conforto do ser humano…
Confesso que quando ganho um novo título, por mais experiente e acostumado que eu tenha me tornado, o sentimento que eclode no apito final do arbitro é sempre o mesmo: ALÍVIO.
Mentalmente eu agradeço por não ter perdido, eu agradeço por não ter errado ou deixado escapar a chance… Eis que os minutos passam, as horas correm, os pensamentos se ordenam e, antes de cair no sono, percebo que escrevi “apenas” mais um belo capítulo da minha história.
E aí sim, de forma injusta, a experiência se faz notar e me lembra que esta conquista não nos colocará em vantagem para as competições seguintes, apenas imporá que nós ainda seremos o time a ser batido e que todos tentarão nos derrubar à qualquer custo – que o digam as amarelas ou as armadilhas… (desculpe o péssimo trocadilho)
Exatamente por isso é que eu gostaria de ser mais maduro neste momento da vida para conseguir aproveitar melhor as vitórias, os bons momentos e as importantes conquistas pois sei que elas são passageiras e que o “tempo bom da vida não volta nunca mais”. (Maldito calendário brasileiro)
Por mais que as estradas sejam parecidas, cada campeonato e cada jogo tem seus próprios caminhos, suas próprias dificuldades e obstáculos. Conseguir se mobilizar e se motivar representam a única possibilidade de continuar vencendo. Só que a cada nova conquista, o preço a ser pago se torna maior, os sacrifícios e as escolhas se tornam mais difíceis e separam ou definem aqueles que continuarão no topo daqueles que ficarão no meio do caminho.
Desconfio que estamos colocando os nossos nomes na história do Corinthians e do futebol brasileiro e a nossa luta para continuar conquistando títulos é superar diariamente todos os adversários, internos e externos, que teimam em nos fazer tropeçar.
É fato que o fardo está tão mais pesado quanto mais gostoso e a consciência de saber que nada nos foi dado de graça, permite entender o quanto foi duro chegar até aqui. Cada ponto, cada gol, cada defesa, tudo merecido e conquistado com muito trabalho e paixão.
Agora, honestamente, se eu pudesse, trocaria o sentimento de alívio pelo de alegria nas conquistas, desde que o “preço” pela mudança não seja a tristeza que acompanha as duras derrotas. Como de bobo não tenho muito, prefiro não mexer em time que está ganhando e aceito continuar aliviado após cada novo campeonato.
E se por ventura no próximo título o sentimento for diferente, eu voltarei aqui para lhe contar o que aconteceu…
Por fim, deixo meus sinceros agradecimentos ao clube, à diretoria, à torcida e aos meus companheiros pelos quatro anos de Corinthians (Jul/2009 –Jul/2013), pelos 120 jogos, 8 gols e 5 títulos. Pouca gente teve a chance de vestir essa camisa e de fazer parte dessa história. Eu sou apenas um sortudo, que não acredita em sorte, cheio de orgulho por ter aproveitado a chance que me foi dada.
E, ansioso, aguardo as linhas dos próximos capítulos.
Vai Corinthians!
Abs,
PA

O Futebol de Base e o Papel do Treinador - Universidade do Futenol

Como o próprio título já diz, o texto abaixo fala um pouco do papel do treinador nas categorias de base. 

Bem interessante para quem gosta desse assunto e tem interesse em trabalhar com o mesmo.

O futebol de base e o papel do treinador
Por Gustavo D'Avila
O treinador precisa passar a adotar uma abordagem humanista em suas orientações que permitam facilitar o processo de estabelecimento de metas
23/01/2014

Amigo leitor em um período em meio a competições do futebol em suas divisões de base no Brasil e no exterior, como por exemplo a Copa São Paulo de Futebol Junior e a Al Kass Cup, sempre desejamos que os clubes tenham um ótimo desempenho mas nunca nos perguntamos como isso pode ser promovido, certo?
Quanto aos clubes, que possuem as mesmas expectativas aqui comentadas cabe a reflexão: reconhecemos que o futuro do futebol brasileiro começa naquilo que é feito na base hoje?
Então, para respondermos as questão acima sobre como promover o melhor desenvolvimento dos atletas na base temos que obrigatoriamente dar impotência ao papel do treinador na divisão de base devido a este ter um papel muito importante na promoção do adequado desenvolvimento da performance dos atletas sob seu comando.
Podemos começar esta reflexão compartilhando uma proposta denominada de “Modelo do treinador” para estes profissionais da base, conforme modelo teórico desenvolvido por Côté, Salmela, Trudel, Baria & Russel (1995) representado na figura abaixo.
Modelo do treinador. Fonte: Côté, Salmela, Trudel, Baria & Russel, 1995

Devemos compreender que a estrutura do modelo mental do treinador remete a uma ordenação dos fatores envolvidos em sua principal função, que é possibilitar o máximo desenvolvimento esportivo e pessoal do atletas. Desta forma, esse modelo abrange três componentes centrais: organização, treinamento e competição e três componentes periféricos: características pessoais dos atletas, características pessoais dos treinadores e fatores contextuais.
Aqui irei explorar apenas os componentes centrais, assim podemos considerar que a organização trata do estabelecimento das melhores condições para a execução dos treinamentos; o treinamento trata da utilização do conhecimento dos treinadores no ensino de habilidades técnicas, táticas, mentais e na preparação física dos atletas; a competição relata como os treinadores utilizam seus conhecimentos a fim de contribuírem com os atletas a obterem desempenhos máximos durante os jogos competitivos.
Ao considerarmos apenas estes componentes centrais já começamos a perceber a necessidade deste treinador desenvolver suas habilidades e competências como um líder coach, pois o desafio de estabelecer uma relação “treinador x aprendiz” é muito grande. O treinador precisa passar a adotar de maneira consciente uma abordagem humanista em suas orientações que permitam considerar as características pessoais dos atletas e facilitar o processo de estabelecimento de metas.
Adicionalmente, a atuação como líder como coach dá importância adequada ao fornecimento de feedback técnico e emocional para seus atletas e a capacidade de superar restrições de motivação, sendo estes fatores por exemplo alguns dos que terão importância destacada para se conseguir altos níveis de desempenho.
Como dica para os treinadores, apresento os alguns aspectos do relacionamento que envolvem Líder e Liderado baseando em Coaching, extraído do livro Leader Coach de José Roberto Marques:
• O Leader Coach tem as perguntas e o liderado as respostas;
• O Leader Coach encoraja o liderado a descobrir soluções ao invés de impô-las;
• O liderado é responsável pelo resultado, o Leader Coach serve ao liderado em busca dos objetivos.
Assim amigo leitor, penso que cabem aos clubes estarem sempre atentos ao desenvolvimento de seus atletas na base e uma forma de alavancar os resultados é promover formação adequada aos profissionais de base em habilidades e competências de Leader Coach para que estes possam agrega-las ao seu já elevado conhecimento técnico e tático do futebol. Você concorda?