Tempo quente, e de gargalhadas, no COL

Juca Kfouri
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Joana Havelange, aquela que concorda que o que tinha de ser roubado já foi e a hora é de curtir a Copa do Mundo, anda rindo escondida pelos corredores do COL.
Caroneada por Ricardo Trade, o Baka, quando o pai dela saiu para a entrada de José Maria Marin, e apesar de ser a responsável pelo pífio show de abertura na Copa, ela se diverte com as aflições de Baka.
Baka está eleito pela Fifa como o Judas a ser malhado pelas falhas na segurança, na alimentação e nas comunicações nos 12 estádios que têm tido bom futebol e mau atendimento aos torcedores e profissionais que os frequentam a trabalho.
Baka não tem disfarçado seu descontrole e berra sem pudor de sua sala, sem proteção acústica, no Forte de Copacabana.
O que seriam 130 mil voluntários inscritos caiu para 18 mil nas previsões e 14 mil na realidade, número insuficiente para dar conta das tarefas.
Pior: quase todos monoglotas, em português, é claro.
E mal tratados a ponto de já terem sido vítimas de intoxicação alimentar, além de mal treinados, porque tudo foi feito à distância, com internet precária para muitos deles que vieram de regiões distantes do Brasil.
A área de segurança tem sido chamada de “queijo suíço”, tantas são as falhas como as acontecidas no Maracanã, além de serem inúmeros os casos de furtos e de roubos mesmos, algo hilário se não fosse trágico.
O COL joga a responsabilidade para o governo, o governo se exime e promete intervir se a Fifa não der conta do recado.
Ricardo Bancowsky, amigo e parceiro de negócios imobiliários de Baka, não consegue entregar a infra-estrutura necessária para os serviços de media.
Permanece na função por causa da relação com Baka e até a Fifa se incomoda com a confusão de interesses na relação.
O cabeamento é insuficiente, não há rede Wi-Fi como deveria e tudo acaba jogado nas costas da Oi, Match IT (Fifa, no final) para solucionar as coisas.
Até na parte de televisionamento estão ocorrendo problemas, alimentando os maiores pesadelos da Fifa e da HBS, aí também pelo não cumprimento integral do contrato entre o governo e a Fifa.
Nem mesmo os gramados têm sido poupados e, para os especialistas da Fifa, os melhores gramados ainda são considerados como os piores já entregues à entidade, o que Baka tenta justificar em função dos atrasos nas obras dos estádios.
Ocorre que era ele mesmo quem, assessorado pela Arena, a empresa contratada a peso de ouro para acompanhar o cronograma dos estádios, garantia, em seu otimismo doentio, que tudo estava dentro do planejado e perfeito.
A humilhação final: um antigo colaborador da Fifa, espalhou que Ricardo Trade é exatamente o significado de seu apelido em japonês:
Baka (馬鹿, ばか, or バカ) means “idiot”, “stupid”, “fool”, “foolish” and is the most frequently used pejorative term in the Japanese language.
Era tudo de que Joana Havelange precisava para gargalhar gostosamente pelas costas do chefe trapalhão.
Desconfia-se que o ex-funcionário seja Ko-Ichiro Kato, saído da Fifa há um ano e meio depois de disputas internas na organização da Copa no Brasil.

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