Nativo do Ribeirão da Ilha, este “manezinho” conheceu o futebol a partir de seu pai que era da diretoria do clube amador próximo a sua casa, cujo nome é Santa Cruz futebol clube, que provém da religiosidade dos fundadores.Ao despertar a paixão pelo futebol, Antônio inicia sua carreira de jogador amador.Onde ajuda a cortar a grama,marcar o campo, e auxiliar em serviços de manutenção para jogar aos domingos.Neste clube, havia dois times.O primeiro e o segundo time.O primeiro time era composto pelos melhores da comunidade, sendo que dois ou três jogadores não eram da comunidade.O segundo time era formado por jogadores não tão bons quanto o primeiro time, mas sempre havia uma possibilidade de chegar ao primeiro time.Para fechar as partidas com outras comunidades existia uma pessoa que ficava a cargo desta função.No domingo da partida, a equipe adversária se deslocava até o campo de combi, caminhão ou de ônibus.Times que não tinham campo marcavam jogo com equipe que tinham.Tempos atrás, havia também conhecimento sobre o time adversário,ou seja,se o time fosse melhor que o outro, era evidente que não fecharia o jogo com este, mas marcaria o jogo com outro adversário que fosse do seu mesmo nível. Na ocorrência dessas partidas a torcida era um incentivo ao time, parentes e amigos se juntavam para apoiar seus jogadores.Mesmo com a ausência de refletores, ocorria jogo até o entardecer.Durante o relato, há um afago do entrevistado dizendo: “esse tempo que era bom”.Havia protagonista na comunidade, ou melhor, pessoas que eram símbolos e características de uma época. Nos jogos, o que valia era a confraternização e a reunião da comunidade.O entrevistado diz ao final do seu relato que o futebol amador moderno deve ser extinguido, pois só cumpri interesses individuais e não os de uma comunidade.
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