Andrés Sanchez foi o centro das atenções no primeiro treino do Corinthians no bilionário Itaquerão. O padre Rosalvino agradeceu a Deus pela imponente arena na Zona Leste. Errou. Deus não tem nada a ver com a obra. Muito pelo contrário…


4ae1 Andrés Sanchez foi o centro das atenções no primeiro treino do Corinthians no bilionário Itaquerão. O padre Rosalvino agradeceu a Deus pela imponente arena na Zona Leste. Errou. Deus não tem nada a ver com a obra. Muito pelo contrário...
15 de março de 2014...
Foram 103 anos e sete meses de espera.
Mas os jogadores puderam pisar em um estádio à altura do clube.
Não o acanhado Parque São Jorge.
Mas o imponente Itaquerão.
Sede da abertura da Copa do Mundo de 2014.
A cerimônia foi bela e irreverente.
Os jogadores se mostravam espantados com o luxo das dependências.
Com o caríssimo mármore dominando a arena.
Até nos vestiários.
Tudo para orgulhar o corintiano.
O gramado é maravilhoso, digno da Champions League.
A cerimônia foi teatral e muito bonita.
Os torcedores foram impedidos de entrar.
Quem sentou nas arquibancadas foram os operários que construíram o estádio.
No gramado, Andrés Sanchez foi o mestre de cerimônia.
E não mestre de obra, como provoca Juvenal Juvêncio.
Foi ele quem apresentou o estádio aos jogadores, ao parceiro Mano Menezes.
O padre Rosalvino rezou, atletas, dirigentes e Mano deram as mãos.
E rezaram em homenagem ao sonho realizado.
Assim que acabou a reza, o hino do Corinthians foi a trilha sonora.
A bola começava a rolar, o padre Rosalino resolveu abençoar a todos.
Espergiu água benta nos jogadores, em Andrés, na imprensa.
Aos jornalistas ainda fez questão de dizer.
"Quero agradecer a Deus por esta bênção.
Este estádio maravilhoso que veio para ficar em Itaquera."
Aí é que está o problema.
Deus não pode ser considerado o responsável pelo Itaquerão.
3ae2 Andrés Sanchez foi o centro das atenções no primeiro treino do Corinthians no bilionário Itaquerão. O padre Rosalvino agradeceu a Deus pela imponente arena na Zona Leste. Errou. Deus não tem nada a ver com a obra. Muito pelo contrário...
Ele só saiu pela esperteza e pelos contatos importantes de Andrés Sanchez.
Graças à sua amizade com Ricardo Teixeira, com executivos da Globo e Lula.
As três forças juntas conseguiram passar facilmente para trás Juvenal.
E o Morumbi foi esquecido.
Em vez da reforma de R$ 400 milhões.
Um novo estádio para São Paulo, de mais de R$ 1 bilhão.
A cidade já contava com o Morumbi, Pacaembu, Palestra Itália e Canindé.
Mas pouco importava.
Andrés queria entrar na história e conseguiu.
Foi muito mais hábil do que históricos presidente corintianos.
Que conseguiram apenas mostrar maquetes de arenas que nunca foram construídas.
Parceiros riquíssimos também ficaram pelo meio do caminho.
Hicks e Muse e MSI foram os mais significativos.
Só que o dinheiro americano e o russo não conseguiram fazer a obra.
2divulgacao Andrés Sanchez foi o centro das atenções no primeiro treino do Corinthians no bilionário Itaquerão. O padre Rosalvino agradeceu a Deus pela imponente arena na Zona Leste. Errou. Deus não tem nada a ver com a obra. Muito pelo contrário...
Andrés conseguiu amarrar o Corinthians às benesses da Copa do Mundo.
O dinheiro público chegou de todos os lados no Itaquerão.

Prefeitura, governo estadual e, principalmente, BNDES.
A construtora favorita de Lula tocou a obra: a Odebrecht.
O Corinthians teve acesso a facilidades de pagamentos absurdos.
Negócio fantástico.
A Copa do Mundo foi a desculpa perfeita.
O dinheiro público auxiliando um clube particular seria escandaloso.
Mas não no Mundial de Blatt e Volcke.
Em vez do hino do Corinthians, o som de Vale Tudo do Tim Maia combinaria.
Há facilidade de pagamento, mas a transação é complicada.
O Corinthians vai ceder a um fundo imobiliário, por 30 anos, o terreno de Itaquera.
O fundo imobiliário será gerido pela instituição financeira BRL Trust.
A bilheteria de seus jogos, as receitas com placas e lojas.
Além do nome e símbolo do clube para uso no Itaquerão.
A arena poderá arrecadar até R$ 100 milhões ao ano.
Com locações de cadeiras cativas e camarotes.
O clube se obrigou a atuar pelo menos 90% das vezes na arena.
Os outros 10% poderá negociar, quando tiver o mando doas jogos.
A diretoria deixa claro que tomará os grandes shows do Morumbi.
Há dois anos, Andrés vem tentando em vão vender o naming rights do Itaquerão.
Ele pede R$ 400 milhões por vinte anos.
Muito se especulou e até agora, nada.
O dirigente já tem até acordo amarrado com a TV Globo para facilitar a transação.
Por uma porcentagem, provavelmente 10%, a emissora falará o nome do patrocinador.
Esse era um grande obstáculo na venda do batismo do Itaquerão.
No primeiro treino da história na arena ficou claro o racha político no clube.
Mario Gobbi não apareceu com o time.
O presidente é cria política de Andrés.
Mas andou se rebelando, não querendo mais a interferência do seu mentor.
Não foi por acaso que Roberto de Andrade e Duílio Monteiro Alves saíram.
Gobbi efetivou o seu auxiliar Ronaldo Ximenes no cargo.
O presidente deixou claro que a partir deste ano, o clube era dele.
E o Itaquerão, de Andrés.
Assim foi feito.
Por isso, Gobbi não esteve no importantíssimo treinamento.
A festa foi toda de quem mereceu.
O estádio só existe graças a ele.
Com tudo de bom e de ruim que o Itaquerão traz.
Na festa do primeiro treino foi vergonhosa a omissão.
Ronaldo Oliveira dos Santos e Fábio Luiz Pereira morreram durante a obra.
Sofreram as consequências de terrível acidente.
Envolvendo um guindaste e um módulo de 420 toneladas.
Infelizmente eles não puderam assistir ao treino.
Ou receber a bênção do padre Rosalino.
Mas deveriam sim ser lembrados.
Só que a hora no Corinthians é para festa.
Celebrar, mostrar a todos seu estádio bilionário.
E que estará no centro das atenções do mundo em 12 de junho.
Recebendo Ricky Martin, Brasil e Croácia.
Abrindo a Copa no Brasil.
Privilégio que orgulha qualquer corintiano.
Principalmente Andrés.
Ele já avisou que voltará à presidência do clube em 2018.
Para 'quebrar a CBF'.
E também para desfrutar o estádio bilionário que seu clube herdará.
Assim que acabar a Copa, o Itaquerão será todo do Corinthians.
Pagará o fundo imobiliário que emprestou o dinheiro.
E ainda, de acordo com o dirigente, sobrará muita verba.
Por isso ele estava tão sorridente hoje.
Foi o centro das atenções.
Com todo o mérito.
E também porque Ricardo Teixeira não poderia estar.
Banido do futebol brasileiro, não seria de bom tom.
Assim como também pegaria mal para o ex-presidente Lula.
Seu envolvimento com o estádio de seu clube de coração todos já sabem.
Os executivos globais são discretos demais para comparecer.
Assim como Kassab e Alckmin.
É, padre Rosalvino, o senhor se enganou.
Não foi Deus quem mandou a arena bilionária para a Zona Leste paulista.
O Itaquerão é obra da mente e esperteza do senhor Andrés Sanchez.
E de seus poderosos amigos...
2ae4 Andrés Sanchez foi o centro das atenções no primeiro treino do Corinthians no bilionário Itaquerão. O padre Rosalvino agradeceu a Deus pela imponente arena na Zona Leste. Errou. Deus não tem nada a ver com a obra. Muito pelo contrário...

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