Por Mauro Cezar Pereira, ESPN.
07/02/2014
19h23
Na primeira página do jornal, o preocupante alerta para quem vem ao Brasil na Copa do Mundo
Na edição desta quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014, a Folha de S. Paulo abriu duas fotos em sua primeira página. No destaque principal, usuários do metrô paulistano se espremendo em uma das estações. Logo abaixo, mais uma briga em arquibancada durante jogo de futebol.
É verdade que a confusão na Estação Sé ocorreu no dia seguinte à dramática volta ao trabalho registrada na terça-feira, quando uma pane no metrô causou enorme transtorno à população. As pessoas caminharam sobre os trilhos, sofreram, chegaram às suas casas horas depois. O click de Eduardo Knapp retrata um pouco da realidade do dia-a-dia na maior cidade do país.
Claro que durante o Mundial, em especial nos dias de jogos do Brasil, medidas paliativas deverão se adotadas, além da dispensa do trabalho que poderá retirar muita gente de circulação. Mas isso não tira o valor da imagem, que não por acaso foi parar na capa de uma importante publicação.
Da mesma forma, a briga entre policiais e corintianos, flagrada por Levi Bianco, reforça a má imagem deixada no final de 2013, quando vascaínos e atleticanos do Paraná brigaram. Fica a sensação de que é uma rotina por aqui. E não há muito como rebater isso diante dos fatos recentes em estádios.
Fotos, imagens que costumam alcançar repercussão internacional. E que ao chegarem lá fora, preocupam, assustam. Pelé e outros discursam pedindo algo como um esforço criativo para que criemos um "Brasil melhor", o que seria como uma "maquiagem", talvez. Idéia absurda e conveniente para alguns.
O ideal seria a Copa do Mundo estimulando melhorias em nosso país. Evento pesado, que chama a atenção do planeta e poderia resultar num legado social e esportivo. Como isso não vem acontecendo, não devemos jogar a sujeira para baixo do tapete. E nem haveria tapetes suficientes para isso. A vida do povão por aqui não é fácil. Os visitantes estrangeiros vão perceber. A nós, evidentemente, não cabe esconder. Que sejam bem-vindos ao Brasil real.
É verdade que a confusão na Estação Sé ocorreu no dia seguinte à dramática volta ao trabalho registrada na terça-feira, quando uma pane no metrô causou enorme transtorno à população. As pessoas caminharam sobre os trilhos, sofreram, chegaram às suas casas horas depois. O click de Eduardo Knapp retrata um pouco da realidade do dia-a-dia na maior cidade do país.
Reprodução
Importante: a Linha Vermelha, que registrou os problemas desta semana e da qual faz parte a estação entupida de gente mostrada pelo jornal, é a que leva a Itaquera. Isso mesmo, para ir aos jogos de futebol no estádio que receberá pelejas da Copa o usuário do metrô vai passar por ela.
Primeira página da Folha de S. Paulo da quinta, 6 de fevereiro de 2014
Claro que durante o Mundial, em especial nos dias de jogos do Brasil, medidas paliativas deverão se adotadas, além da dispensa do trabalho que poderá retirar muita gente de circulação. Mas isso não tira o valor da imagem, que não por acaso foi parar na capa de uma importante publicação.
Da mesma forma, a briga entre policiais e corintianos, flagrada por Levi Bianco, reforça a má imagem deixada no final de 2013, quando vascaínos e atleticanos do Paraná brigaram. Fica a sensação de que é uma rotina por aqui. E não há muito como rebater isso diante dos fatos recentes em estádios.
Reprodução
Também na capa do jornal, um dos maiores do Brasil, a briga de torcidas: rotina nos estádios do país da Copa?
O ideal seria a Copa do Mundo estimulando melhorias em nosso país. Evento pesado, que chama a atenção do planeta e poderia resultar num legado social e esportivo. Como isso não vem acontecendo, não devemos jogar a sujeira para baixo do tapete. E nem haveria tapetes suficientes para isso. A vida do povão por aqui não é fácil. Os visitantes estrangeiros vão perceber. A nós, evidentemente, não cabe esconder. Que sejam bem-vindos ao Brasil real.
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